Crítica: Por Favor Rebobine

quinta-feira, novembro 27, 2008

Be Kind Rewind é mais um daqueles filmes americanos que mostram o valor do espírito humano diante das dificuldades do dia-a-dia, e que mesmo na pior das tragédias a união de uma comunidade pode amenizar qualquer sofrimento. Isto não tira o seu valor, nem mesmo o coloca na posição de um filme com clichês. A idéia é muito louca pois a explicação para a perda das fitas de video é ao mesmo tempo cômica e inverossímil, mas não deixa de ser uma parte muito divertida de introdução para o restante do filme.

O personagem de Jack Black é quase o mesmo que você já viu em Escola de Rock e outros filmes, mas o principal deste filme é a idéia dos "Sweden Movies", ou seja, você recriar um filme conhecido apenas com os recursos que você tem na sua casa, no seu prédio, na sua vizinhança, sem uso de softwares gráficos, edição nem nada sofisticado. As cenas recriadas são hilárias e apesar do filme ter uma mensagem de drama americano, nas entrelinhas ele mostra o que vem acontecendo com todas as indústrias cujas conteúdos podem ser convertidos para mídias áudio-visuais. As pessoas hoje estão mais interessadas naquilo que é novo, diferente, pessoal, e dão menos atenção ao mainstream, preferem algo que reflita suas aspirações na vida, a realidade de sua comunidade, as histórias do seu povo, mesmo que estas histórias sejam contadas em pequenos filmes por pessoas do outro lado do mundo... (vê-se YouTube, entre outros sites de video).

Quando no final do filme os "vilões" aparecem para destruir os filmes da locadora, vê -se claramente o medo das grandes corporações que diante do cenário atual não sabem mais o que fazer, não conseguem ser criativos para elaborar campanhas de marketing que funcionam sobre um cliente que muda a cada segundo e que não é mais afetado por velhas fórmulas da publicidade. Até mesmo o marketing por sites como o YouTube estão ultrapassados uma vez que agora todo mundo já sabe que isso acontece e fazem questão de denunciar as empresas que praticam esta atividade de Web Marketing em diversos sites Open Social.

Se J.K.Rowling processou um fã de Harry Potter por causa de um site, o Metallica manda prender jovens por escutar suas músicas na internet e Bob Dylan e outros da velha geração dão chiliques contra os "downloaders" , o que vai acontecer com estes que não sabem divulgar o seu trabalho no novo mundo? A resposta é que ficam mal vistos. Você pode até comprar os produtos, mas você sabe que estã comprando algo do artista e empresas que não souberam lidar com mudanças.

Be Kind Rewind é um filme muito bom e bem útil para as reflexões de nossa época. Não veja o filme como uma mera comédia, mas como uma metáfora dos acontecimentos. E aconselho a todos a se divertirem bastante tirando 1 hora do seu final de semana para fazer "Sweden Movies" com suas câmeras! Distribua na internet, coloque no Youtube, mande por e-mail! Ser bobo de vez em quando não faz mal a ninguém, distrai um pouco a cabeça e tira um sorriso do rosto até das pessoas mais sérias.

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Exposição Corpo Humano

quinta-feira, novembro 20, 2008

A exposição itinerante alemã Body Worlds (Körperwelten) sediada na Inglaterra (pois é, o domínio deles é co.uk) já esteve em diversos locais do mundo, inclusive estava na própria Alemanha quando estive na Europa, e quem lê muito jornal, revistas e vê documentários aqui no Brasil, sabe que ela já rodou meio mundo nos últimos 10 anos. Polêmica, a exposição trás cadáveres injetados com um composto (talvez plastilina) que os mantém rígidos permitindo ao médico/escultor colocá-los em posições em que sejam mostradas partes interessantes da anatomia humana. É uma pena que a exposição Corpo Humano não seja tão completa quanto a Body Worlds que rodou o mundo que tinham os corpos jogando basquete, montando cavalo, escrevendo, tudo no mesmo estilo, exibindo músculos, veias, ossos e orgãos.

Mesmo assim foi fantástico ver corpos onde podemos ver como funcionamos, como somos por dentro, como são feitas cirurgias, reconstituições e tratamentos, o que certas doenças causam e até mesmo sabermos por que é tão importante cuidarmos do nosso corpo, nossa alimentação, exercícios, psique, etc. Parabéns à iniciativa da sala onde o corpo e partes de um fumante são mostradas. Havia até mesmo um local para que as pessoas jogassem fora seus maços de cigarro. Para quem ainda não adotou uma vida saudável, é hora de começar! A exposição mostra o fígados de quem tem cirrose, como são as artérias entupidas, entre outros problemas que você deve evitar cuidando melhor do seu corpo. Eu ando com uma dor complicada nos calcâneos, e fiquei muito tempo tentando perceber como aquilo, aquela máquina de tendão e ossos na extremidade da minha perna funcionava...

Muitas pessoas acham assustador e nojento, mas o melhor da exposição é ver a reação das crianças, sem inibição, sem pormenores ou vergonha, elas perguntam tudo, brincam e ficam fascinadas. Um menininho do meu lado falou até pra mãe que queria ser cortado daquele jeito! (o que a mãe respondeu:"-Deus me livre!").O meu único desapontamento é que a lojinha do Museu Histórico Nacional, local da exposição, não aceita cartão de débito automático... Fiquei sempre comprar todos os livros que eu queria de artes, históricos e principalmente da exposição do Corpo Humano. Isso significa que ainda irei retornar algum dia para fazer aquele "mercado" de livros na lojinha.

http://www.corpohumanorio.com.br/
http://www.exposicaocorpohumano.com.br/
http://www.bodyworlds.co.uk/
http://www.bodyworlds.com/
http://www.ocorpohumano.net/

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Crítica - 007: Quantum Solace

domingo, novembro 16, 2008

É verdade que a maioria dos filmes hoje em dia dão grande valor ao realismo das cenas (mesmo quando beiram o impossível) do que filmes da década de 80 ou 90. Podemos observar este fenômeno em Batman, 007, entre outros filmes de ação que estão optando por uma abordagem mais pé-no-chão, menos fantástica. Ver mais um filme de James Bond é sempre uma tarefa dificil pois desde os meus 10 anos vejo James Bond no cinema (Licença para Matar com Timothy Dalton, primeiro que vi no cinema) e já entro na sala com uma certa expectativa... Confesso que estou gostando muito desta nova abordagem da série com Daniel Craig, o personagem se aproxima muito mais do Bond dos livros de Ian Fleming e menos do galante sedutor imortalizado por Sean Connery e Roger Moore. Gosto disso, a maioria dos filmes atuais estão tentando uma aproximação com os trabalhos originais dos escritores, da forma como foram pensados, e não de uma forma romantizada para atrair platéias.

Bond neste filme é violento, mata quando precisa (e às vezes quando não precisa), não hesita em contrariar seus superiores, se vinga e torna as missões em algo pessoal. O filme começa do ponto onde o filme anterior terminou, e se vocês lembram (é bom lembrar para aproveitar melhor), Bond pensa que Vésper o traiu. Ele tenta acreditar no contrário e, além de buscar vingança contra o homem que matou Vésper, Bond precisa desmantelar uma organização, salvar uma democracia e pegar o homem que ameaçou sua líder M. Claro que beldades não faltam, com destaque para Gemma Arterton e Olga Kurylenko (particularmente prefiro Gemma que estará em Prince of Persia em breve).

Vale muito a pena ver este filme no cinema. Tudo o que você espera está lá, ação, perseguições, tiroteios, mulheres bonitas, um vilão carismático, capangas caricaturados e muito mais. Sinto falta de John Cleese, mas não acho que ele se sentiria bem nestes filmes mais realistas de Bond. Destaque também para o fantástico ator francês Mathieu Amalric que vi recentemente nos filmes A Questão Humana e O Escafandro e a Borboleta.



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Crítica - Sombras: Cassavetes

Hoje vi três filmes no cinema (pra variar), e nenhum dos três me decepcionou. Começo pelo último pois foi o mais curioso. Sombras (Shadows - 1959) foi um dos primeiros filmes de John Cassavetes, um ator que nós que somos mais novos reconhecemos melhor pelo seu trabalho de ator em O Bebê de Rosemary e na série sessentista Viagem ao Fundo do Mar (que passa na TV a cabo). Alguns ainda lembram de Whose Life Is It Anyway?, filme de onde o comediante Drew Carey tirou o nome para o seu programa de tv.

Sombras não possui um roteiro bem definido, e isso se percebe logo nas primeiras falas do filme. As interpretações soam falsas, a movimentação um pouco caricata e os takes um pouco nervosos e acelerados. Na medida em que o filme avança, esquecemos a falta de roteiro para prestar mais atenção na evolução que o filme trás ao longo de 81 minutos de descoberta cinematográfica. Descoberta sim, pois ao final do filme Cassavetes revela que toda a película foi uma improvisação. Isso mesmo, é claro na passagem do tempo o desenvolvimento da intepretação, a interação entre os atores, o conforto na frente da câmera, e da parte da produção vê-se que a câmera passa a ser mais forte, quase que como mais um personagem da cena que de repente se habituou a conviver com aquelas personas. Esta passagem é um show a parte.

Basicamente o filme não tem uma história, mas gira em torno de 3 irmãos (02 jovens e 01 garota) que tentam passar o seu dia-a-dia da melhor forma possível. A garota, a mais nova, busca um amor sincero e confiável, mas ao mesmo tempo gosta de provocar os homens. O irmão mais velho é um cantor cuja fama aos poucos decai na medida em que novos shows mais populares são apresentados nos cabarets. O irmão do meio é um trompetista de jazz que adora farrear com os amigos mas vê seu ganha pão indo embora por causa da forte ascensão do rock'n'roll nos bailes da cidade (mostra de forma implicita esta passagem dos jovens que largaram as danças com as bands de jazz para dançar o rock e o twist). Os irmãos ainda tem que lidar com o preconceito racial e os males da cidade.

Outra coisa legal foi que só haviam 3 pessoas na sala (contando eu) e o técnico do cinema demorou a colocar o filme. Como a sala 02 do Estação Botafogo é pequena, levantei e fiquei olhando lá pra trás onde o técnico pegou aquele rolo enorme de filme, observou os fotogramas, colocou na máquina e botou pra rodar! Pura nostalgia que só os filmes mais antigos podem trazer. Ver aqueles milhares de quadros no rolo de filme pra mim já valeu o ingresso.

Dificilmente você vai ver este filme no cinema com esta facilidade que eu tive, mas vale a pena baixar (duvido que você consiga alugá-lo) e fazer uma sessão meio "cinemão dos anos 60". Fico pensando também onde estão hoje esses atores, todos tinham aqueles rostos jovens e agora estão velhinhos, mas será que estão atuando? Será que estão vivos? Mais uma curiosidade, John é pai de Nick Cassavetes, diretor de filmes bem atuais como Alpha Dog.



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Ouvidos Mutantes Globalizados

sexta-feira, novembro 14, 2008

Não trabalho para a Viacom nem em nenhuma de suas dezenas de subsidiárias (MTV, Nickelodeon, etc.), mas pelos meus interesses estarem muito ligados a cultura tween (jovens de 12 a 35 anos), acabo absorvendo, meio que por osmose, boa parte do que há de novo na música, cinema, séries, shows, programas, produtos, consumo, etc. O que me surpreendeu ultimamente é a quantidade de bandas, normais ou experimentais, que surgiram lá fora nos últimos anos e a juventude brasileira nunca ouviu falar... De repente até alguns jovens de São Paulo ou outros centros do Brasil (com exceção do Rio que é saturado de coisas comuns), até conhecem algumas dessas bandas através de clips na MTV, pela internet ou por outros canais de comunicação.

Quando eu era adolescente surgiu Nirvana, Soudgarden, Screaming Trees e todas essas bandas do Grunge, além de diversos sons pop e hardcore que embalaram a minha "passagem" de criança para a juventude. Nesta época (inicio dos anos 90), pra você conhecer sons diferentes você tinha que comprar a revista Bizz, fuçar lojas de CDs comprando música sem nem saber o que tinha dentro, ou até mesmo pegando aquelas coletâneas de novelas, séries e filmes e encontrando o CD do artista daquela trilha sonora que você gostava...

Hoje a dinâmica mudou muito. Mesmo com estas possbilidades limitadas, eu nunca iria encontrar sons alemães, suecos, australianos, ingleses, franceses, indianos, ao menos que estes estivessem explodindo na mídia e/ou cantando em inglês. Saber que Ravi Shankar existia, só lendo sobre os Beatles. Saber de Australia Crow, só andando com surfistas, ou seja, a cultura simplesmente não alcançava o jovem por que não era do interesse mercadológico trazer toda aquela bagagem musical para os ouvidos dos brasileiros. Mas claro que as pequenas tribos e viajantes acabavam trazendo alguma coisa.

Hoje, mesmo não encontrando alguns CDs, acho tudo na internet, do som mais underground ao minimalista, techno, trance, eurodance, heavy metal, trash metal, hardcore, punk, pop regional, e por aí vai. Ecletismo é uma benção, e o ouvido treinado sabe aproveitar todos estes sons para tirar o máximo das obras para o seu dia-a-dia, seus trabalhos, seu lazer, até mesmo suas decisões de vida. São estas músicas fora do mainstream (ou presas a um grupo especifico) que hoje contribuem fortemente para a trilha sonora de filmes, comerciais e mídias interativas (é mais fácil você ouvir Frou frou e Kate Nash em propagandas do que a Britney Spears). O som experimental deixou de ser exclusivo do undeground, alternatuivo e festivais internacionais, para fazer parte do MySpace, YouTubee outras mídias sociais.

Eu particularmente conheci as bandas que vou citar no fim do post através do YouTube, sites da MTV americana, alemã e inglesa, MySpace, o programa Saturday Night Live, o E-Mule, o site Pandora.com (que agora é limitado aos EUA devido a direitos autorais), amigos que viajam e livros (sim, citações do clássico ao moderno, até Oliver Sacks cita suas músicas eruditas). Você já parou pra pensar que existem até mesmo músicas clássicas de compositores que você nunca ouviu falar?

Sons da década de 30 que estão sendo regravados mas que você nunca soube da existência? Mesmo no Brasil, as músicas da minha avó também são ótimas pra relaxar e dançar, e até na época dela havia os sons experimentais e as músicas que não atravessavam o Atlântico devido a falta de um canal de mídia eficiente e que permitisse a inclusão social.

Pense bem o quanto se perdeu com essas distâncias na época da minha avó. Nem os mais criativos músicos conseguiam conceber o que se passava em outros continentes e muitas vezes voltavam maravilhados com aquele som novo que ouviram em uma viagem a terras estranhas. Até hoje, mesmo depois de Paul Simon, Toto e outras bandas terem enchido o mercado de sons africanos, muitos artistas ainda buscam a percussão e jogos vocais de Angola, Zimbabue, os lamentos e cordas da música árabe e o som eletrônico dos DJs alemães. O mundo é um só, a música é um amálgama de tudo que cada cultura tem, e nossos ouvidos são cada vez mais treinados para perceber a arte dos sons, a textura de uma melodia, as cores de uma canção (isso não são metáforas, pessoas com audição bem desenvolvida realmente conseguem perceber estas caracteristicas).

Para aguçar os seus sentidos e passar o tempo, estou colocando aqui alguns clips de artistas dos quais você ainda vai ouvir falar (se já não ouviu). Alguns são muito famosos em seus países de origem, outros são internacionais mas fechados ao cult/alternativo. Busquem, procurem, aproveitem o muito moderno, o pop, o experimental, o cult, o rock, minimal, o samba, maracatu, música africana, até sons aborígenes e dos índios brasileiros estão valendo! Te Garanto que isto é apenas uma pequena parte do que existe, e tirar meia hora do seu dia para navegar e escutar novidades não vai tomar muito do seu tempo. Fiquem com os clips.

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Morre Michael Crichton

quinta-feira, novembro 06, 2008

Quando eu tinha 14 anos ainda queria muito trabalhar com cinema. Ficava fascinado com os efeitos especiais, pirotecnia, miniaturas, maquiagem, monstros, robôs hidráulicos e tudo mais que criava a magia do cinema. Nem preciso dizer que quando tinha 14 anos fiquei meio deslumbrado com toda aquela tecnologia utilizada para trazer a vida os dinossauros de Jurassic Park, filme baseado no best-seller de Michael Crichton. Como bom viciado em mídias desde pequeno, comprei o livro antes do lançamento do filme por que sabia que ia sair a película, e vejam só, acabei devorando 300 das 500 páginas do livro em apenas uma noite.

Em tempos em que mentirosos como Dan Brown escrevem livros populares utilizando falsas informações como marketing de vendas, Michael era médico de verdade, e mesmo quando suas verdades não eram reais, ele nunca negava a ficção de suas palavras. Hoje pessoas que nunca tocavam em um livro, que não liam livros na escola e que adoram publicações de auto-ajuda, vivem comprando best-sellers do momento como Código Da Vinci ou Marley e Eu, mas perderam a melhor época da recente literatura de ficção por ignorarem (como ignorância) os melhores escritores dos anos 80 e 90 que quase nunca saíam na mídia. Crichton sem dúvida foi fantástico.

Michael Crichton, que também é o criador de Plantão Médico (ER), morreu nesta terça-feira aos 66 anos, vítima de câncer. Nascido em Chicago em 1942, Crichton era filho de um jornalista e publicou seu primeiro texto no New York Times aos 14 anos. Em 1960 entrou em Harvard com o objetivo de se tornar escritor, mas mudou para antropologia quando seu estilo foi criticado por um professor. Após completar antropologia e passar um ano como conferencista em Cambridge, voltou aos Estados Unidos para estudar medicina em Harvard e escrever oito livros sob o pseudônimo de John Lange. O autor também usou o pseudônimo de Jeffery Hudson e chegou a trabalhar como médico um ano no Salk Institute antes de se dedicar à carreira de escritor em tempo integral

Eu tinha tudo de Jurassic Park, desde camisas e livros até maquetes e revistas especializadas. Não tinha passado por este vício desde o primeiro Batman de Tim Burton em 1988. Quando fui a Universal Studios na Florida, a excursão não ia ao local de Jurassic Park, portanto entrei numa discussão com o os guias de que eu, com 15 anos, havia pago uma viagem caríssima e não ia ver o que eu mais queria. Deixei eles lá onde estavam e fui sozinho, tirei fotos com os carros e com os modelos em tamanho real utilizados no filme escrito por Crichton.

Desde Odds On, O Homem Terminal até Jurassic Park e Next, os livros de Crichton deixam sua incrível capacidade de criar hisórias e envolver o leitor. Muitos filmes ainda vão sair baseados em seus livros, e acredito que Stan Winston e Crichton estejam só esperando a morte de Spielberg para fazer mais um grande blockbuster no céu.

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