Efeitos Não-digitais

terça-feira, julho 15, 2008

Hoje em dia é moleza falar sobre efeitos especiais no Brasil principalmente por causa de comerciais conhecidos com tartarugas dançantes, filmes como O Coronel e o Lobisomem, produções da Globo com um fantástico trabalho de compositing ou até mesmo os Mutantes da TV Record (bem, nem tudo tem tem qualidade, muitos deixam óbvio de forma tosca o uso do 3D, mas vale a tentativa).

Entretanto efeitos especiais , como sabem os entusiastas, não é feito só de pixels e polígonos, e nem de cromaquis verdes e azuis nos softwares Inferno, Combustion ou Motion. Efeitos deslizam desde simples objetos de cena até as mais complexas maquiagens, fantoches, cenas de ação, acidentes, dublês, fachadas de cidades, robôs, plataformas hidráulicas, tanques para filmagem de ocenanos, pirotecnica, sonoplastia, entre outros efeitos que passam despercebidos hoje em dia se não tiverem o brilho da renderização (que até hoje evita cenários abertos e claros pois os modelos 3D ficam mais que evidentes).

O Brasil entretanto não está longe desta realidade. Pelo contrário. Desde muito tempo, dos filmes de Zé do Caixão aos Trapalhões, das produções da Globo aos infantis do SBT, os efeitos chamados "mecânicos", as maquiagens especiais (como as de Rick Baker?), sonoplastia, e as famosas props são utilizadas aqui desde muito tempo. Pode-se citar alguns nomes no Brasil como Eric Rzepecki (maquiagem), Antônio Faya (sonoplastia) e Gabriel Queiroz (efeitos mecânicos, bonecos e miniaturas). Infelizmente só tenho infrmações sobre Gabriel Queiroz. Tentei pegar o minimo de informações possível da internet e mais de livros e arquivo.

Gabriel Queiroz começou em 1967 e durante muito tempo foi responsável pelo núcleo de efeitos especiais da Rede Globo. Possui trabalhos memoráveis como a explosão da Dona Redonda (é, também não é da minha época), flechadas na novela A Rainha Louca, capotagem de carros, incêndios cenográficos, explosões grandes e pequenas (reais e com miniaturas) e os trabalhos ao lado de Phillipe Laurente como em Pindorama e Sinal de Alerta. Mais informações podem ser encontradas no livro Melhores Momentos: A Telenovela Brasileira ou entrem em contato comigo que eu passo mais detalhes.

Bem, eu nunca fui muito fã de novelas, mas sem dúvida era um espectador assíduo da finada TV Colosso. Um trabalho incrivel feito com a ajuda de magos amercianos e ingleses com experiência em programas como o Muppet Show e Sesame Street (não é o Vila Sésamo da Sônia Braga não hein! Que aliás não é da minha época! rs...). Como estamos falando de efeitos mecânicos, os puppeteers, ou titereiros, não podiam ficar de fora. Roberto Dornelles e Billy Accioly fizeram um trabalho incrível na produção do programa com a parceria de empresas como a Inventiva (http://www.inventiva.com.br/), o grupo 100 Modos de Teatro de Bonecos, Criadores e Criaturas, não esquecendo do diretor Luiz Ferré.

Vocês não sabem como é dificil encontrar material sobre isto no Brasil, mas posso citar para terminar a Fixxon (http://www.fixxon.com.br/) ... Pode deixar que a busca continua e fiquem ligados aqui no blog para atualizações. Vou tentar descobrir quem mais fez e/ou faz efeitos não-digitais no Brasil. Se souberem de algo me passem que irei publicar aqui mesmo.

Veja Videos de efeitos especiais: http://www.youtube.com/view_play_list?p=437357C02690CB16

Um comentário:

Jorge G. Queiroz Rejame disse...

Fala Xandre!!!.... bom, fico muito feliz por informações tão valiosas e memóraveis!!!, gostaria de saber mais sobre meu Avô Gabriel Queiroz, conto com a sua ajuda!!! ele esteve a frente dos efeitos especiais da Globo durante muito tempo, mas não conheço seus trabalhos de forma aprofundada.

Um abraço!

Jorge Gabriel Queiroz Rejame

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