Poesia - Filmes Antigos

sábado, fevereiro 21, 2009

Esta foi a segunda para a mesma pessoa

Como um relâmpago de vida ela surgiu. Juro que quando entrei no recinto e pus meus pertences sobre a mesa, tentei colocar meus pensamentos em sintonia com o que se passava no meu coração. As poucas vezes em que isto aconteceu comigo, coloquei meus pés no chão para os fatos, porém naquele segundo, naquele lugar, no lado oposto da mesa, tudo parecia flutuar num encanto que só vemos em filmes antigos.

Tudo parecia tão perfeito – eu vivia repetindo em minha mente – mas ainda tão preto-e-branco...sim...como nos filmes antigos...E a mágica se encontrava em tomar a decisão certa, em colorir cenas repletas de tons de cinza que viajavam em palavras que nenhum de nós dois entendia muito bem. Mas como conhecê-la ? Como poder conquistar o direito de poder escutar sua voz mais de perto, de esquecer todos os problemas do dia-a-dia em lábios doces e convencê-la de que minha vida hoje melhorou ?

Pois é, não sou mais o mesmo...não sou mais o mesmo pois tenho responsabilidades. Tenho a responsabilidade de fazê-la sorrir, de fazer seus pequenos olhinhos brilharem, de poder conquistá-la todos os dias como se fosse a primeira vez, de segurá-la em meus braços e dizer coisas lindas...sim, não se preocupe, você é uma pessoa super especial e vai conseguir tudo o que você sonha.

E mesmo com os erros e faltas só consigo elogiar seus passos... Passos estes, como vento vespertino, batem em meu rosto a cada vez que te perco. – Odeio te ver ir embora... – Ah se eu pudesse te dizer estas coisas...tantas coisas...como eu queria poder te mostrar o turbilhão de emoções a cada vez que te encontro, e esse seria meu único arrependimento – suspiro - te amei por semanas e nunca encontrei o momento certo para te dizer estas três palavras de afeto.

Queria pegar-te em meus braços, beijá-la sempre que as palavras se tornassem supérfluas e nossos diálogos sem sentido...como seria bom deixar minha imaginação superar minha inteligência, a razão, e com você ter momentos dignos de um filme romântico...filmes antigos...marcados para sempre na memória de muitos...ou só de nós dois...nós dois...

Entreguei sim, em tuas mãos, aquilo que há de mais precioso em meu corpo, em meu peito, meu coração. Agora carrego de ti um cheiro, uma voz, um rosto lindo, uma lembrança...Das tribulações que me afligiam tirei poesia, do sofrimento arranquei música, das ilusões criei amor...mas preciso de você para transformar tudo em paixão. Sim, como nos filmes antigos...

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Um comentário:

Anônimo disse...

Olá!
É a primeira vez que visito seu blog, e de primeira já curti pra caramba.
Gosto do seu jeito sarcástico de escrever as coisas, e deixar a realidade de um jeito sutilemnte engraçado (Como no texto sobre críticos de cinema). Um escritor (ou jornalista, poeta, ou qualquer outra definição) que além de tudo isso sabe escrever coisas que tocam o coração.
Parabéns pelo seu talento!
Espero voltar sempre por aqui :)

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