Crítica - 007: Quantum Solace

domingo, novembro 16, 2008

É verdade que a maioria dos filmes hoje em dia dão grande valor ao realismo das cenas (mesmo quando beiram o impossível) do que filmes da década de 80 ou 90. Podemos observar este fenômeno em Batman, 007, entre outros filmes de ação que estão optando por uma abordagem mais pé-no-chão, menos fantástica. Ver mais um filme de James Bond é sempre uma tarefa dificil pois desde os meus 10 anos vejo James Bond no cinema (Licença para Matar com Timothy Dalton, primeiro que vi no cinema) e já entro na sala com uma certa expectativa... Confesso que estou gostando muito desta nova abordagem da série com Daniel Craig, o personagem se aproxima muito mais do Bond dos livros de Ian Fleming e menos do galante sedutor imortalizado por Sean Connery e Roger Moore. Gosto disso, a maioria dos filmes atuais estão tentando uma aproximação com os trabalhos originais dos escritores, da forma como foram pensados, e não de uma forma romantizada para atrair platéias.

Bond neste filme é violento, mata quando precisa (e às vezes quando não precisa), não hesita em contrariar seus superiores, se vinga e torna as missões em algo pessoal. O filme começa do ponto onde o filme anterior terminou, e se vocês lembram (é bom lembrar para aproveitar melhor), Bond pensa que Vésper o traiu. Ele tenta acreditar no contrário e, além de buscar vingança contra o homem que matou Vésper, Bond precisa desmantelar uma organização, salvar uma democracia e pegar o homem que ameaçou sua líder M. Claro que beldades não faltam, com destaque para Gemma Arterton e Olga Kurylenko (particularmente prefiro Gemma que estará em Prince of Persia em breve).

Vale muito a pena ver este filme no cinema. Tudo o que você espera está lá, ação, perseguições, tiroteios, mulheres bonitas, um vilão carismático, capangas caricaturados e muito mais. Sinto falta de John Cleese, mas não acho que ele se sentiria bem nestes filmes mais realistas de Bond. Destaque também para o fantástico ator francês Mathieu Amalric que vi recentemente nos filmes A Questão Humana e O Escafandro e a Borboleta.



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