Já conhece o Flutter?

sábado, abril 25, 2009

Com toda essa mania de Twitter, um grupo americano resolveu fazer uma paródia dessa obsessão das pessoas por novas ferramentas tecnológicas (hardware ou software) cuja validade e importância as pessoas nem param para avaliar. O video é hilário, ele critica os longos textos do Twitter com 140 caracteres e propõe o "nanoblog", mensagens de 26 caracteres aleatórios. Os gadgets para utilizar o Flutter são incríveis, o óculos para visualizar Flutees no trabalho são perfeitos! Se você entende inglês, vale muito a pena. Deixe seus comentários.

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Marketing de Cinema

sexta-feira, abril 24, 2009

Você com certeza já viu milhares de vezes as diversas formas que os grandes estúdios utilizam para divulgar seus filmes. Hoje em dia certas ações de marketing e publicidade se tornaram previsíveis, virando até mesmo motivo de chacota como no filme "O Show de Truman", entretanto continuam em prática ao lado de procedimentos virais ligados às novas mídias (como foi feito com Batman Dark Knight em diversos locais do mundo, inclusive em São Paulo). Se você não conhece eu vou te apresentar às formas de marketing mais comuns na indústria atual. Se eu esquecer de algum detalhe por favor me lembrem que irei adicionar aqui ao post.

Televisão e Rádio
Estes são os meios preferidos dos "marketeiros" oldschool. Começamos com os anúncios pagos apresentando trailers curtos, também chamados de "spots de TV". Raramente trailers são apresentados na íntegra, mas mostra-se apenas teasers dos melhores momentos do filme (mesmo que a montagem do spot seja melhor do que o filme).

O product placement também é bem comum, não é uma prática exclusiva dos filmes. Produtos, posters, bonecos (action figures), gadgets e outros itens do filme anunciadio são colocados em programas de TV, séries, sitcoms, webTV, videocasts, podcasts, etc. Em alguma situações os filmes são apenas mencionados no diálogo escrito pelos roteiristas. Por exemplo, a Fox pagou em American Chopper, uma moto totalmente baseada no filme Eu Robô (I, Robot).

Outra forma comum na tv americana é um programa ser totalmente dedicado a filme especifico. Pode ser um programa de entrevistas, um desenho animado, uma série de TV, ou seja, um episódio temático que constrói a marca do filme ou reforça a marca de filmes já conhecidos (Star Wars é campeão neste marketing televisivo). A prática se estende aos programas de entrevista que chamam atores e diretor para falar, ou ainda aos especiais para TV que mostram bastidores, efeitos especiais, entrevistas, etc (prática muito comum em canais de entretenimento como MTV, Nickelodeon, Cartoon Network, E!, Multishow, FX, Fox, entre outros). Muitas vezes esses programas especiais são pagos pelos estudios.

Por último estão os trailers longos, previews e cenas de bastidores colocadas em DVDs para locação, webTV (já viu aqueles programas na internet que aparece um comercial antes de começar o video?) , etc.

Internet
Apesar de já ter citado os videocasts e podcasts (que na minha opinião se misturam dividindo a audiência com a TV e o rádio), há ainda outras práticas para o patinho feio dos estúdios (por que os executivos acham que é apenas uma pequena parte da estratégia e não um dos principais meios). A mais conhecida talvez sejam os hotsites, websites feitos especificamente para o filme em questão e divulgados em posters, revistas, anuncios, etc. Normalmente no endereço do website as palavras do tíutlo são separadas por hífen (ex. batman-dark-knight.com).

Outra prática é a distribuição prévia de trailers e spoilers (cenas curtas que você não deveria ver) para sites, blogs e redes sociais, construindo assim uma campanha viral ond em algumas situações o video por até ser baixado, enviado para amigos ou anexado ao seu website (através de um código copiado do site original).

O marketing iral no meio digital está presente como qualquer ã ação de qualquer outra empresa, mas tem um roteiro mais ou menos pronto e não foge muito deste esquema. Quem fugiu mais do esquema "hotsite, trailers e fotos exclusivas" foi o último Batman que enviou pistas no meio virtual e colocou objetos escondidos pelas cidades, incluindo São Paulo.

Impressos
Anúncios em revistas, jornais, fanzines, quadrinhos, livros e postais (daqueles que você encontra em restaurantes) . Nos livros é a prática mais curiosa pois muitas vezes uma versão novelizada do roteiro é lançada como literatura. Outras vezes a capa do livro ou a dust jacket (capa contra poeira) é modificada ilustrando atores e cenas do filme em que o livro foi baseado. Em alguns casos há o selo "do filme..." ou "que gerou o filme...".

Nos quadrinhos a prática são similares às séries de tv, cenas no fundo, palavras no diálogo, contra-capas com propagandas, mas o mais comum, principalmente em filmes de super-heróis, é a editora lançar muitas revistas especiais, títulos novos, coletâneas, oferecer brindes junto com os gibis, etc. Neste caso a promoção do filme é quase uma troca de favores entre editora e estudio.



Merchandising

Além do muito criticado product placement, outras práticas são o co-branding e o co-advertising. Assim como Eu Robô, Eragon também esteve em dois episódios de American Chopper. Ainda a BMW tem uma parceria de sucesso com os filmes de James Bond e alguns fabricantes já formaram aliança com a saga de Transformers.

A segunda e talvez uma das práticas que mais dão dinheiro (veja George Lucas) são os brindes e produtos licenciados. Estas peças são distribuidas a jornalistas, "blogueiros" e até mesmo para alguns fãs em promoções, locais especificos (shoppings, cinemas) ou estréias exclusivas.

Tour Promocional
Esta é só para jornalistas, blogueiros e outros que escrevem sobre cinema e que são bem acompanhados pelos fãs (como é o caso do Omelete e do Collider). Atores, diretor, produtores, técnicos em efeitos, aparecem para a televisão, rádio e mídias impressas para entrevistas sobre o filme, na maioria das vezes intercalada com clips do filme. As entrevistas são conduzidas pessoalmente ou remotamente por telefone ou pela web.

Durante a produção do filme esses "sortudos" são chamados para realizar seu trabalho nos próprios sets de filmagem. Depois de terminada as filmagens são realizadas aparições do elenco nas principais cidades. Este trabalho caracteriza uma prática estranha neste meio que são as "entrevistas controladas", as chamadas Junkets. Fiz uma curta entrevista com Erico Borgo do site Omelete através do Twitter e o que ele me disse é que as Junkets são corredores ou circulos onde cada ator, diretor ou produtor está dentro de uma saleta e os jornalistas é que circulam por cada uma carregando suas perguntas. O tempo de cada entrevista é rigidamente cronometrado. O pessoal técnico é todo do estúdio e ao final das entrevistas os jornalistas recebem a fita beta com as duas câmeras (do jornalista e do ator) para poderem editar por conta própria intercalando cenas do filme.

É estranho sim, mas creio ser mais cansativo para os atores e diretor que precisam responder a mesma pergunta diversas vezes. Já se perguntou por que todo programa de cinema que você vê tem o mesmo fundo (com posters)? Respondido, todos os canais de tv, revistas, videocasts, etc, utilizam o mesmo cenário, na mesma sala, no mesmo lugar. Se um canal de mídia lhe disser que tem uma entrevista exclusiva, não acredite. Era assim que a quase extinta revista SET conseguia a maioria das suas entrevistas (que nas últimas edições eram a única coisa que prestava... até eu descobrir este esquema).

Nos Cinemas e Locadoras
"Em um cinema perto de você!" Com esta frase terminavam os trailers e propagandas do grupo Severiano Ribeiro. Na tela grande o que se vê são basicamente trailers. No cinema americano ainda existe a propaganda de games baseados no filme, hotsites, quiz (jogo de perguntas), promoções, etc.

Para as redes de cinema e para as locadoras (mais para os cinemas), existem peças promocionais físicas, como os posters (em tamanho normal ou gigantes), banners (aquele anúncio que você prende de uma parede à outra ou pendura em um prego), standups (figuras em tamanho real feitas em papelão mostrando personagens ou cenas de um filme) e por último os displays 3D que são aquelas grandes peças de papelão montadas na frente dos cinemas, muitas vezes dando alguma sensação de profundidade e às vezes com efeitos sonoros. Em poucos casos foram utilizados bonecos e cenários gigantes em complexos de cinema maiores como na promoção dos filmes King Kong, Senhor dos Anéis, Indiana Jones, entre outros.

Referências
Será que eu esqueci alguma coisa? Por favor me informem para que eu possa adicionar novas práticas do marketing de cinema a esta lista. Referências:

http://en.wikipedia.org/wiki/Movie_junket
http://www.chicagoreader.com/movies
http://en.wikipedia.org/wiki/Product_placement
http://productplacementtoday.blogspot.com/2007
http://www.developmentguruji.com/Blog/Online_Movie_Marketing
http://biblioteca.universia.net/
http://lazer.hsw.uol.com.br/
http://pipocadebits.blogspot.com/2009

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Crítica: A Fronteira da Alvorada

segunda-feira, abril 20, 2009

Hoje, mesmo doente, fiz uma daquelas "andanças" surpresa pelos cinemas de Botafogo. Na procura pelo "filme da hora", ou seja, o que estava começando naquele exato momento, entrei para ver A Fronteira da Alvorada (La Frontière de l'aube), principalmente por que no cartaz estava o ator de Sonhadores (de Bertolucci), Louis Garrel.

Conheço o trabalho de Garrel e de seu pai, por isso esta acabou sendo a escolha certa, nenhum arrependimento. Sem a pretensão de elevar o filme a um nível artístico exagerado, o diretor Philippe Garrel se atém a uma constante do cinema francês, a relação homem-mulher e as tragédias oriundas do amor, rejeição e por consequinte a perda.

O que me impressionou mais no filme foi como cada quadro se apresentava como uma linda fotografia preto-e-branco dos anos 60, um trabalho maravilhoso do diretor de fotografia que acentuou os contrastes dando um ar soturno, sombrio e ao mesmo tempo melancólico e romântico (não sei por que me lembrou Brigitte Bardot em filmes coloridos). As passagens de cena são similares aos filmes dos anos 60 de Truffaut (aquele pulo que não finaliza a cena anterior e nem introduz a próxima cena) e, sempre que uma cena necessitava ficar mais sombria, utilizava-se o círculo negro dos filmes mudos que abre e fecha para a passagem de cena (um ar quase expressionista).

O filme também é muito focado no movimento dos atores e nas expressões faciais. Eu já disse como fiquei impressionado quando entrei no Filmmuseum Berlin e vi aquelas telas com rostos enormes? É para isto que o cinema existe, para mostrar imensos closes em tela grande. Só o rosto da linda Laura Smet já fica um longo período na tela logo no incio do filme. Quanto aos movimentos, destaco a cena em que Carole (Laura Smet) está deitada no chão lendo um livro e se contorce para todos os lados, impaciente, uma cena linda com uma mulher linda, no melhor estilo do cinema francês (é como dizem, as mulheres francesas parecem mais naturais que as outras).

Sem enrolar e sem oferecer spoilers. O filme trata da relação entre o fotógrafo François (Louis Garrel) e a atriz em ascensão Carole. Carole é casada com um ator que está crescendo em Hollywood e quase não visita a cidade, o que dá margem a uma relação livre entre ela e o fotógrafo. Entretanto, a relação entre Carole e François começa a passar por problemas levando ambos ao extremo da culpa, depressão e a outro arco que se contrói devido a obsessão de ambos um pelo outro. Se eu contar mais estrago a diversão.

Não siga adiante se você ainda irá ver o filme. O que o filme tenta falar (talvez) nas entrelinhas é que, as mulheres tendem a sofrer por amor mas ao mesmo tempo querem jogar o jogo do ciúme, da rejeição, ignorando o parceiro sem se dar conta de que aquilo desgasta o outro. O homem por conquinte se afasta e a mulher acaba culpando-o pelo fracasso do relacionamento (sem entender que suas atitudes é que levaram à queda). A mulher real é sempre a metade da relação que tem a opção, ou seja, ela pode ter o amante, pode voltar ao marido e pode ainda se insinuar para um amigo em uma festa (como Carole faz na presença de François), mas no fundo está brincando em um jogo que não leva a lugar nenhum e que pode levá-la a perder o grande amor de sua vida.

Por outro lado, o homem não sabe lidar com este "grande amor", vivendo uma fachada de despreendimento que por dentro se materializa como dependência, a obsessão que faz crescer o medo de ser abandonado devido ao fato de que a mulher tem mais opções de relacionamentos novos do que ele. Entretanto, a mulher grávida retorna aos braços do homem na tentativa de manter uma relação e dar um bom pai para seus filhos, mas ela não enxerga que a combinação bom amante e bom marido/pai não existe, é preciso fazer uma escolha (como diz o pai de Eve, interpretada por Clémentine Poidatz). Todas estas caracteristicas podem ser definidas como puro e simples desentendimento consciente, ou seja, a tentativa de possuir e ao mesmo tempo jogar com o outro mantendo-se neutro no teatro da vida, a consciência é plena mas prefere-se não enxergar as consequencias.

O amor prisioneiro fica para sempre assombrando as novas relações, e François não consegue esquecer Carole, mesmo após sua morte, fica obcecado com o fantasma que lhe aparece de tempos em tempos através do espelho. Deixando a conversa pseudo-intelecutal de lado, recomendo este filme para todos, principalmente os que conseguem enxergar as minucias da fotografia e dos paralelos que o filme faz com situações da vida real. Copiando Marcelo Hessel:
"A certa altura, quando ele diz à sua noiva que não pode usar um salão nos fundos da casa do sogro como estúdio fotográfico "porque ali tem luz demais", há um significado embutido na frase: François prefere a imagem enevoada de uma idealização à luz da realidade."

Observação que os cinemas do grupo Estação se renderam de vez às propagandas no cinema. Uma das maiores reclamações dos frequentadores de cinema, as propagandas agora afetam até as salas "cult". Antes de começar o filme me abriu uma grande tela azul da TIM com uma menina estática na lateral direita. Daí um balão de quadrinhos sai da boca dela e dentro do balão passam os trailers! Meu Deus! Que bizarro foi isso! Se é para me dar comerciais, me dá o ingresso de graça!

Em breve críticas de Segurando as Pontas (Pineapple Express - 2008) e Appaloosa - Uma Cidade sem Lei (
Appaloosa - 2008)

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Mistérios de LOST - Parte 02

domingo, abril 19, 2009

Não estava de bom humor pois andei doente, por isso não escrevi antes e neste período acabei terminando a primeira temporada completa e as entrevistas do box. Hoje em dia na TV americana (e também no cinema e na música), é mais fácil repetir fórmulas que dão certo do que inovar ou experimentar algo diferente. Me deixa triste ver entrevistas com pessoas tão geniais como J.J. Abrams e seu co-roteirista, e ver que ambos, apesar da genialidade, querem inserir dramas pesados no meio de uma série que poderia estar mais inclinada ao suspense, à ótica dos thrillers, do que às choradeiras e abraços.

Se David Lynch pensasse nessas coisas, nunca teria lançado Twin Peaks, se Chris Carter se preocupasse com dramalhões, não teria feito Arquivo-X. Poderia citar diversos outros diretores e produtores, mas acho que esse é o ponto que me fez parar de ver LOST no início da série. Claro que ver os episódios em sequencia, direto, traz um envolvimento bem maior, mas mesmo assim têm-se que aguentar a "encheção de saco" da narrativa. Quiseram misturar Twin Peaks com Dawson's Creek e puxaram mais a "sardinha" para o lado de Dawson's Creek do que para a tensão, terror e suspense.

Cuidado com os spoilers pois suponho que eu seja o único atrasado nessa série. A primeira temporada não responde nada, e fica estendendo as histórias e dramas de forma desnecessária à trama. Os mistérios são ótimos, mas são alongados de tal maneira que perde-se o público, principalmente se você, como eu, não gosta das partes emotivas e da choradeira... Das minhas perguntas anteriores, posso dizer que foram respondidas as seguintes questões:

RESPOSTAS

1. Finalmente Michael consegue na sua balsa, fazer com que um dos comunicadores do avião funcione. A ilha também parece ser algo "não-real", meio que flutuante, algo que pode ser trocado de lugar de acordo com a vontade de outrem, por isso a escotilha que pode levar a uma cabine de pilotagem, qualquer coisa assim. Pode ser que seja um ambiente controlado para testar espécies de plantas e animais, e o avião caiu ali por acaso? Talvez...;

2. Diferente do que meu amigo Dico afirmou, duas partes do avião foram encontradas, a frente e o meio. A traseira pode ter caído no mar, não sei...;

3. Esta questão continua sem explicação;

4. Os personagens têm visto a criatura claramente durante a série, inclusive a câmera mostrou pelo menos duas vezes o suposto monstro correndo ao lado deles e na direção de Locke. Parece ser algo invisível, mas isso ainda não explica como a criatura pegou o piloto no ar e puxou Locke para dentro da terra. Será um minhocão gigante? Braços robóticos do Dr. Octopus?;

5. A ilha é enorme como vimos da balsa de Michael, mas nainda não dá pra dizer se é uma ilha ou a ponta de um continente;

6. A questão do cachorro ainda não foi respondida;

7. Realmente JJ usou 3Ds na pós-produção, mas não foi na ilha... (com exceção das plantas feridas pelo monstro e dos truques de câmera);

8. Os ursos ainda são uma incógnita. Onde eles vivem na ilha? Por que aparecem de repente? Quantos ursos existem na ilha?;

9. Lembra quando falei do Google Earth? Pois é. Mas uma coisa que prova que a ilha meio que se move e eles nunca estão no mesmo lugar;

10. Ainda não se sabe como John Locke ganhou experiência com a selva e com facas. Também não sabemos se ele foi um combatente de guerra, mas me parece que a vida dele era bem simples antes de esbarrar com os pais;

11. Não vimos mais o pai de Jack a não ser pela confissão de Sawyer;

12. A mulher que se afogou parece que foi só um pretexto para Mr. Abrams dizer que Kate tentou roubar os papéis dela quando tentava embarcar na balsa de Michael (odeio essas soluções que não fazem sentido para a trama);

13. Jack continua sendo o herói, só não entendo como pode ter apenas um Jack e 39 "bunda-moles" (contando os demais personagens principais). Os coadjuvantes não fazem nada nessa ilha? Não se metem em confusão? Estão sempre sadios?;

14. Continuo não entendendo a memória de Jack sobre o caixão;

15. Motivos dos problemas familiares ainda não foram respondidos;

16. Ups, Charlie! Um avião cheio de heroína! Da mesma forma que a mulher se afogando, o avião vira um pretexto sem sentido para abrir um novo arco no drama de Charlie com as drogas;

17. Ainda não sei quem falou pra Jack sobre o urso polar;

18. Caramba! Minha dúvida sobre a barba do pessoal foi levantada por aquele humorista americano nas entrevistas! Eita erro de continuidade Mr. Abrams!;

19. Quem bateu no iraquiano foi Locke! Pronto.;

20. O povo das cavernas e da praia se uniram? Por que vejo pouca gente em cena para deixar claro que existem 40 pessoas ali...;

21. Além de estarem envolvidos com a morte de alguém, todos os sobreviventes tiveram problemas com o pai. Os pais resolveram dar um castigo bizarro para todos?;

22. Não sei a quanto tempo a francesa está sozinha, mas se está ali por 16 anos "alone", não era pra ter surtado mais do que está?;

23. Não sei ainda por que a francesa mandou a mensagen em francês e não em inglês;

24. Ainda não sei o que Kate fez além de fugir e matar sem querer o seu melhor amigo.

NOVAS PERGUNTAS

1. O filho de Claire é o anti-cristo? A ilha não gosta de crianças? Os "controladores" da ilha querem salvar as crianças de sofrer ali? Será que todo esse mistério tem fundo religioso? O que será que o vidente de Claire viu e não contou? Por que o vidente insiste tanto que ela tem que entrar naquele vôo em específico, o que ele sabe?;

2. Por que após dizer que Claire tem que cuidar do bebê, o vidente muda de idéia e resolve dar para um casal em Los Angeles? Quem é esse casal? Ficou mal explicado o fato de Claire já ter encontrado com outro casal e desistido... Que casal era aquele?;

3. Sawyer é um nerd de primeira. Ele chama Hurley de Stay Puft, o monstro de Caça-Fantasmas (pessimamente traduzido na dublagem e na legenda como "docinho"), chama o marido de Sun de Sulu (Star Trek) e em outra ocasião se refere a relação dele com Michael como Han e Chewie (Star Wars). Ainda em coutra cena ele chama Walt de Tatu, da Ilha da Fantasia (pessimamente traduzido como "tampinha"). Continuando nessa leva da péssima tradução feita no Brasil, o canal VH1 é traduzido como MTV no episódio 11! Alguém avisa que não é a mesma coisa!;

4. Quem é Ethan? Por que sequestrou Claire? Se ele queria só o bebê, por que sequestrou Charlie junto? Ethan tem super-poderes ou foi ajudado a levar duas pessoas para o meio da floresta? Se ele tem superforça, por que não arrebentou a cara de Jack? Como ele ergueu Charlie na árvore em tão pouco tempo? Por que Claire ficou com amnésia? A morte de Ethan não teve nexo, Charlie surtou de forma esquisita e inexplicável, mesmo sabendo que interrogá-lo poderia ajudar;

5. Charlie se refere a "eles", mas depois de curado, não se fala mais nisso...

6. As habilidades de Kate com armas e luta ainda não foram respondidas;

7. Por que a senhora afro-americana tem certeza que o marido ainda está vivo? Onde ela foi parar no resto da série?;

8. Locke realmente carregou Shannon para o meio da floresta e amarrou ela lá só para Boone soltá-la? Locke é um cara "pancada"...;

9. Escondidos no bambuzal, Shannon e Boone não viram a criatura? A criatura emite luz? Por que a luz ficou bem forte quando o bicho chegou perto dos bambus... Por que o sonho de Boone com a morte de Shannon? A criatura no sonho parece ter dentes, mas ela morde e solta sem comer, só pelo prazer de matar?;

10. A revista de Walt mostra o Lanterna Verde, um alienígena rosa, um urso polar e uma ilha flutuante. São pistas?;

11. Por que o pássaro que Walt olhava era o mesmo que bateu na sua janela e morreu, quando estava na Australia?;

12. Por que o padastro de Walt tem tanto medo dele? O que essas crianças tem de tão importante no seriado? Será que o pássaro morto na janela e os ursos da ilha são materializações da cabeça de Walt? Afinal ele viu o pássaro em um livro e o urso na revista do Lanterna Verde;

13. Por que as vozes que Sawyer e outros sobreviventes escutam diz "- Vai ter troco!"? Será vingança contra coisas que elas fizeram no passado, ou será vingança pela morte de Ethan (ou do urso polar)?;

14. Sabemos que de alguma forma quase todos já se viram antes. Sawyer conheceu o pai de Jack, Shannon já viu Sayhd, etc.;

15. No flashback, quando o marido de Sun vai na casa do secretário Han dar o aviso que o pai de Sun pediu, a filha do secretário está vendo TV com um Sharpei. Na TV aparece Hurley rapidamente. Por que Hurley aparece na TV coreana (episódio 17)? Por que ganhou na loteria em outro país?;

16. Por que Hurley tem tanto azar? Quem é o amigo deficiente de Hurley, Lenny? Quem trouxe os números para Lenny? Será que alguém já foi na ilha e voltou? O que são os números? Quem é Sam Toomey em Kalgoorlie? O navio de Sam e Lenny passou perto da ilha? Será o triângulo das bermudas?;

17. Todos os personagens principais escutavam de outras pessoas (principalmente os pais), que não serviam pra nada, daí cria-se o drama para que ali eles provem ser alguma coisa;

18. Por que Locke ganhou os movimentos de volta mas não sente nada nas pernas (dor, queimação, etc.)? Por que ele perde a locomoção de novo quando tenta ajudar Boone e depois recupera quando Boone fica ferido?;

19. De acordo com a lei religiosa muçulmana e com os preceitos das organizações existentes, o amigo de Sayhd nunca iria se matar por suicidio, sem ter a oportunidade de virar um mártir. Isto foi mal feito e pouco pesquisado. Suicidio desproposital (sem causa religiosa) não é saída nem nos muçulmanos mais fanáticos e radicais;

20. Quem quer pegar bebês na ilha? Serão os caras do barco que sequestrou Walt? Quem faz a fumaça negra? Será Ethan um dos amigos da francesa? Por que ele queria o bebê?;

21. Pra que serve o sistema de segurança da ilha? O que ele faz? Segurança contra o que ou quem?;

22. O mistério da ilha eu já descobri. A fumaça faz todo mundo chorar e se confessar um com os outros! Eita choradeira! Haja cristal de aniz para todos esses atores... Será que Mr. Abrams vai fazer todo mundo chorar no novo Star Trek? Engraçado como nessa ilha todo mundo se sente culpado de alguma coisa;

23. Afinal, o padre africano está relacionado com o navio Black Rock ou com o avião que caiu? Por que um navio de escravos que saiu da costa da África tem escrito "Explosives" na caixa de dinamites? Por que está em inglês? Ok, o navio era inglês. Pronto.;

24. Quando os personagens principais morrem todo mundo fica abalado e metade do episódio vira uma tentativa de salvá-lo e fazer um funeral decente. Entretanto, quando Artz morre eles viram, falam "-Que merda..." e continuam a fazer o que estavam fazendo como se nada tivesse acontecido. Coitado dos coadjuvantes... ninguém liga;

25. Se aquelas pessoas estão sendo punidas, como conseguiram colocá-los todos no avião ao mesmo tempo? E por que mataram as outras que estavam na traseira do avião, frente e meio?;

26. Como o navio pirata foi parar no meio da mata? Caiu do céu? Foi empurrado por gigantes ou super-heróis? Estes escravistas foram parar lá do mesmo jeito que os outros barcos e aviões?;

27. Hurley, Michael e Charlie estavam no mesmo hotel antes de viajar! Coincidência?.

28. [2ª Temporada] Quem é o Desmond? Por que Jack o reencontrou na ilha? Por que ele tem uma casa tão legal nos subterrâneos da ilha? Para que servem aqueles controles computadorizados que ele tem?

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Mistérios de LOST - Parte 01

segunda-feira, abril 13, 2009

Mesmo gostando de quase tudo que rola no mundo cult, confesso que tenho um certo preconceito quando algo se torna popular demais. Quem segue o meio cult sabe que até mesmo os filmes de Cassavetes quando ficam muito falados por aquelas pessoas de óculos de aro grosso, meia colorida e/ou gola rolê, todos vestidos de preto, já vira automaticamente um saco, insuportável, intragável. O pop cult só é pop cult quando é adotado pelas pessoas normais quando é claro, gostam de coisas cults. Se fantasiar já entra em outro patamar. Mas entrei nesta discussão por que um amigo estava insistindo para que eu visse Lost.

Quando houve o primeiro alvoroço em torno da série eu decidi ver alguns capítulos, porém não gostei do que vi nos três primeiros episódios e desisti. O seriado segue a linha dos dramas "made for tv" americanos, diferente da HBO que faz verdadeiros épicos. Existem os conflitos "chavão", os episódios que terminam com todos se ajudando e olhando o horizonte ao som de músicas piegas, o final misterioso que dá deixa para o próximo episódio, enfim, previsível no estilo narrativo. Este mesmo amigo esta semana me emprestou as 4 primeiras temporadas e me pediu para que aguentasse até o sexto episódio, que depois melhorava.

Até agora vi do 01º ao 09º episódio da série. J.J. Abrams é um cara ótimo para criar mistérios. Confesso que lá pelo quinto episódio eu comecei a me interessar em desvendar os mistérios da "ilha de Caras", mesmo com a perturbação do estilo americano de narrativa, câmeras e conflitos (por que todo personagem nesses seriados têm que ter passado por uma choradeira antes dos eventos principais?). Mas estou vendo com carinho e com meu caderninho do lado já que meus amigos estão curiosos para saber minhas teorias sobre a ilha.

Vou escrever periodicamente conforme for assistindo os episódios, por isso acompanhem minhas teorias malucas e críticas do seriado. Vamos lá, do primeiro ao nono episódio levantei algumas questões obscuras, shall we?

1. Normalmente um avião daquele tamanho possui uma rota definida, uma caixa-preta e comunicadores de alta potência. Aceita-se que o desvio da rota foi uma possível causa da queda por ter ido de encontro a algum fenômeno atmosférico. A caixa-preta ainda é uma incógnita. Os comunicadores, de forma estranha, não funcionam na ilha, mesmo com toda a potência;

2. Descarto a idéia da queda ser algo planejado por outras pessoas (governo, sociedade secreta, sei lá) pois a separação do avião em 03 partes foi algo bem "feio", não dá pra arquitetar algo tão bizarro assim ao menos que você queira matar todo mundo dentro da aeronave;

3. A parte dos sobreviventes provavelmente bateu na água após a queda o que de certa forma amorteceu o impacto. Entretanto não é explicado por que o piloto afirma que o avião caiu quando estava a 60 metros. Será que ele desceu por que viu que ia cair? Algo puxou eles pra baixo após a queda da cauda (pois a cauda caiu ainda bem alto), sei lá....;

4. Ainda não foram explicados os barulhos na floresta, principalmente da criatura gigante. Mesmo a francesinha que está lá há 16 anos e John Locke que ficou cara-a-cara com a besta, não sabem dizer o que é a criatura. Cá entre nós, você acredita que um monstro desses seja invisível? Pode até ser, mas se ele for visível o roteirista vacilou pois a esta altura alguém já teria visto o dito cujo. O bicho comeu o policial de "Heroes" dentro do avião e sumiu de novo;

5. Aparentemente eles ainda não sabem se estão numa ilha ou parte de um continente, vamos ver....;

6. Por que nos primeiros episódios o cachorro fica escondido no meio do mato olhando para as pessoas de forma suspeita? Será que ele sabe alguma coisa? Ele pensa? Ele é o Manimal? Um budista reencarnado? Sei lá, mas sei que ele sabe de alguma coisa e não quer falar;

7. Sr. Abrams, pô, coloca um pouquinho de 3D nestas locações reais! Pior que ver florestas e montanhas reais é ver Foz do Iguaçu nos filmes de Indiana Jones dizendo que é no Peru, ou México, sei lá...;

8. De onde saiu aquele urso polar? Mesmo que ele tenha parado lá de alguma forma, um animal daqueles não sobrevive nem 01 mês naquele ambiente tropical. Será que ele caiu do avião? Será que ele era o co-piloto? Hein, hein?;

9. Numa época em que Google Earth varre a terra inteira e os satélites beiram o absurdo na precisão, como pode um avião tão grande sumir numa ilha? Como pode existir uma ilha tão grande e desconhecida? Hein, hein? Listen Toto! We are not in Kansas anymore!;

10. Quem é afinal John Locke? Como ele adquiriu tanta habilidade na selva e com facas sem nunca ter feito uma aventura destas? Como ele voltou a andar? Ele é um coronel de verdade? Um ex-combatente do Vietnam? Mistério.... Aliás, ele diz no antigo trabalho que Norman Croucher (com pernas amputadas) escalou o Everest quando na verdade este escalou o Cho Oyu. Muito tempo depois Mark Inglis, que também é deficiente, conseguiu esta façanha, mas não Norman;

11. Quem é o homem de terno? Será que Jack, depois de sair de Party of Five, ficou louco, e o espectador participa da insanidade? O pai dele está vivo e gosta de "zoar" ele ficando de costas e só começando a andar quando ele chega perto? Por que ele está de terno se a ilha é quente paca?;

12. Pra que aquela mulher doida foi nadar tão longe quando todo mundo estava dormindo?;

13. A viagem emocional de Jack é meio messiânica, convenhamos né? Até Joseph Campbell lhe diria isso. Ele passa por uma situação dificil com o pai, acha que não tem a capacidade de liderar o povo e após buscar seu caminho seguindo o pai volta para guiar a multidão para o lugar certo;

14. Por que Jack nunca citou nos primeiros episódios que ele estava trazendo o caixão do pai para ser enterrado? Ele esqueceu? Só lembrou quando viu? Não entendi... Problemas de memória Jack?;

15. Afinal, por que o pai de Jack surtou? Por que o irmão mau do Drive Shaft de repente virou o Ken da Barbie?;

16. A droga do Dominic é melhor do que a multiplicação dos pães, nunca acaba... Um saquinho de sacolé pela metade durou mais de uma semana... Ainda bem que ele é controlado, já pensou morrer de overdose na ilha?;

17. Desde o primeiro episódio ninguém fala para Jack sobre o urso polar, entretanto mais a frente ele fala no urso como se fosse algo que ele sabia há dias. Quem contou?;

18. O maior mistério de Lost é, por que não cresce a barba e nem o cabelo de ninguém? Será o efeito sobre a queratina, um dos mistérios da ilha?;

19. Quem bateu no iraquiano quando ele estava colocando a torre de comunicação para triangular o sinal?;

20. O seriado a esta altura começa a tomar um ar de "Senhor das Moscas", as duas tribos, os conflitos exacerbados por causa do isolamento;

21. Já repararam que todos que sobreviveram estão de alguma forma envolvidos com a morte de alguém? Reparem só. Jack e o pai, Sawyer e os pais, os coreanos, Kate, todo mundo matou ou deixou morrer alguém...;

22. Como os amigos da francesa morreram na ilha? Há quanto tempo ela está sozinha?;

23. Se a francesa fala inglês, é casada com um "Robert" e estava numa expedição australiana, por que diabos ela pediu socorro na transmissão em francês? É doida? Foi erro dos roteiristas? You be the judge!;

24. O que a Kate fez afinal? Por que ela estava fugindo? De que agência do governo é o oficial que levou um tiro de Sawyer? Por que todas as mulheres em Lost são magrelas curvilineas? Este seriado só tem mistério...

Este foi o primeiro ciclo pessoal. Minha teoria até agora é de que eles caíram em um mundo bizarro de outra dimensão (sim caros físicos!), algo como o triângulo das bermudas, a terra selvagem da Marvel ou o mundo bizarro do Super-homem. Só sei que pelos acontecimentos, é impossível ser no planeta Terra, na realidade em que vivemos. Um vórtice dimensional como em Donnie Darko? Não sei... A impressão que dá é que é outra realidade, e que seres humanos já estiveram ali antes explorando o local (sem contar a francesa e cia.)... Viagens dimensionais? Wormholes? Outra idéia maluca é que todo mundo morreu e só aqueles que tinham assuntos pendentes ficaram vagando na ilha. Eca, mucho loco....

Respondam estas perguntas nos comentários mas não coloquem spoilers hein! Existem dúvidas demais a serem respondids , umas bem pequenas, outras bem grandes, o fato é que até agora não percebi uma "amarração" entre os fatos da história. Ah, mais uma coisa, não podia esquecer do politicamente correto, um afro-americano, um iraquiano, um casal de irmãos jovens, a senhora de idade, o médico, a criminosa, o especialista em selva, o gordo, o drogado, etc.! Viva a diversidade da fauna na mídia americana! Viva! Até parece que isso não foi de propósito...

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