Morre Cyd Charisse

quarta-feira, junho 18, 2008

Quando era pequeno não entendia muita coisa de cinema (óbvio), mas claro que como toda criança, eu gostava dos filmes da sessão da tarde e das aventuras no cinema (Howard O Pato, Labirinto, De Volta para o Futuro, Caça-fantasmas, entre outros). Mas o que era fora do comum eram três tipos de gosto que eu desenvolvi na infância, o primeiro por filmes de terror, o segundo por filmes de guerra e o terceiro por clássicos, principalmente musicais. Costumava ficar acordado até tarde com minha mãe ou sozinho (meus pais nunca encrencaram com horário de dormir), para ver Cantando na Chuva, O Mágico de Oz, Ben-hur, Quo Vadis, Spartacus, Mary Poppins, Noviça Rebelde, entre outros clássicos que passavam perto de dias de festas como Natal, Ano-novo, Páscoa, etc.

Claro que vi Cantando na Chuva diversas vezes nessa época, e essa introdução foi necessária para dizer que uma de minhas cenas preferidas (ao lado daquela de Donald O'Connor cantando Make'em Laugh), era a cena chamada de Lullaby of Broadway, ou Broadway Melody (também Melody Ballet), onde aparecia a mulher mais linda do mundo e as mais belas pernas do cinema (até então). Eu ficava vidrado naquela mulher de cabelos tipo Louise Brooks, o que em associação a outras imagens de filmes pode ter influenciado fortemente o meu gosto por certo tipo de mulheres (será que filmes podem influenciar os pares que você escolhe?). Foi a primeira mulher a conseguir uma apólice de seguros por suas pernas.

Esta semana está braba para o mundo do cinema. Primeiro foi um dos meus "espelhos" profissionais Stan Winston, que morreu de câncer, agora esta mulher que mexeu com muitos marmanjos nos anos 40 e 50, morreu aos 86 anos de ataque cardíaco. A "Bela Dinamite" como era chamada por Fred Astaire, Cyd Charisse (nome real Tula Ellice Finklea) nasceu no Texas e começou no cinema em 1943 em Something to Shout About. Fez filmes com Fred Astaire, Don Ameche, Gene Kelly, entre outros, e até o final da vida ainda fazia peças na Broadway como Grand Hotel em 1992.

O cinema perde mais uma grande artista, mas seu trabalho continua a povoar nosso imaginário. Tomara que nenhum estúdio resolva refilmar estes clássicos jogando no lixo o valor desta obras para o cinema mundial. Agora vejam as fotos de Cyd Charisse pra ver que eu não menti, não estava brincando, era gata paca!



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